O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, disse na última segunda-feira (11) ao programa Roda Viva, da TV Cultura, que não haverá unidade no país com divulgação de "notinhas públicas" e minimizou a interação do presidente Jair Bolsonaro a atos antidemocráticos.
Ao ser questionado sobre as atitudes dos apoiadores do presidente, Toffoli afirmou que não se podem admitir manifestações contra a democracia. Foto: Reprodução / TV Cultura
"Nós não vamos construir unidades e solução de problemas através de notinhas públicas. Não é soltando notas que se resolve problemas tão graves como os que nós temos no nosso país. Temos que resolver isso, primeiro, na política. E a política é aqueles que são governos eleitos pelo povo", disse.
Dias Toffoli evitou criticas a Bolsonaro e disse que o seu crescimento eleitoral se deu graças ao fenômeno das redes sociais.
"Ele dialoga com esse eleitor falando com os extremos, para tentar puxar o centro para lá. É uma linha política centrífuga. Aí acaba havendo, muitas vezes por parte de apoiadores, nunca vi diretamente dele algo contra o Supremo ou de não respeitar a institucionalidade. Ele, sim, tem uma base, que votou nele, tem uma base de extremistas, que defendem fechar o Supremo, o que é antidemocrático. Toda sociedade democrática tem uma Suprema Corte. Temos que entender dentro de um contexto maior. Não estou aqui a justificar", indicou ele, que apontou uma "uberização" da politica.
"As pessoas querem fazer política diretamente. É isso que está ocorrendo. Nessa uberização, as pessoas querem um serviço na hora", pontuou.
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