Debora Álvares*HuffPost Brasil
O general Heleno é um dos mais próximos ao presidente e uma das poucas vozes que ele ouve nos momentos de maior tensão no governo. (Photo: EVARISTO SA via Getty Images)
Os depoimentos dos 3 ministros militares palacianos nesta terça-feira (12) tensionou ainda mais o clima no governo, já pesado desde a instauração do inquérito que investiga as acusações do ex-ministro Sergio Moro a Jair Bolsonaro. A maior preocupação é com a oitiva de Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), uma das poucas vozes que o mandatário costuma escutar.
A inquietação é tamanha porque o general teria aconselhado o presidente sobre os limites dos relatórios de inteligência da Polícia Federal a que Moro acusou Bolsonaro de querer ter acesso. Como testemunhas não podem ficar caladas em depoimentos em inquérito policial, o general terá que dar sua versão sobre as acusações do ex-ministro da Justiça.
Além de Heleno, serão ouvidos os generais Walter Braga Netto e Luiz Eduardo Ramos — os 3 no Palácio do Planalto e no mesmo horário, às 15h. A ideia de ouvi-los todos ao mesmo tempo é para que nenhum saiba o que o outro disse à PF e não possa, assim, balizar o que vai falar sobre o depoimento do colega.
Segundo Moro, todos participaram de conversas nas quais Bolsonaro o pressionou pela troca do comando da PF e da superintendência da corporação no Rio. Isso, além da fatídica reunião do dia 22 de abril, cuja gravação foi entregue ao STF (Supremo Tribunal Federal) na sexta passada e será exibida apenas à PGR (Procuradoria-Geral da República), AGU (Advocacia-Geral da União), que defende o presidente, e a Moro e seus advogados nesta terça, a partir das 8h. Leia mais em https://br.noticias.yahoo.com
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