No esforço de mitigar os danos econômicos imediatos ao país trazido pela pandemia do coronavírus, o déficit público nominal do país deve chegar a 1 trilhão de reais, estima o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto de Almeida.
Esse indicador inclui o rombo fiscal do setor público consolidado — estados, municípios e União — além da conta de juros da dívida. Em audiência pública online com o Congresso Nacional nesta quarta-feira, 14, o secretário enfatizou a importância da agenda reformista, pregada em todas as oportunidades possíveis pela equipe econômica.
Se por um lado o governo precisa gastar em resposta a pandemia, seja por recursos para a saúde ou medidas para reforçar caixa das empresas e proteção social — a retomada necessita de compromisso no ajuste das contas. O recado é que, pós-pandemia, o Brasil mostrar que tem condições de ter controle das contas para que o investimento privado, necessário e fundamental para o crescimento, possa vir e impulsionar o avanço econômico.
O 1 trilhão de reais mencionado por Mansueto corresponde a cerca de 13% do Produto Interno Bruto (PIB). Sem contar os juros, o rombo está estimado em 700 bilhões de reais (cerca de 9% do PIB) por conta de mais gastos devido a pandemia. Com esse aumento do déficit, a dívida pública do país chegará a 90% do PIB.
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