Em entrevista exclusiva à CNN nesta quinta-feira (7), a secretária de Cultura, Regina Duarte, minimizou a ditadura afirmando que “sempre houve tortura e que não quer arrastar um cemitério”. Após a fala, Regina Duarte desconversou sobre o tema, cantando trecho do jingle da Copa de 1970. A secretária afirmou que descarta a demissão e que pretende permanecer no governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“Sempre houve tortura, não quero arrastar um cemitério. Mas a humanidade não para de morrer, se você falar de vida, de um lado tem morte. Por que olhar para trás? Não vive quem fica arrastando cordéis de caixões, acho que tem uma morbidez neste momento. A Covid está trazendo uma morbidez insuportável, não tá legal!”, afirmou.
A secretária comentou ainda o motivo pelo qual não lamentou publicamente a morte de grandes personalidades da Cultura, como Moraes Moreira e Aldir Blanc. “Se isso é importante para as pessoas, eu posso ter no site da Secult o obituário. Pode ser que eu esteja errando, vou me corrigir, não fiz por mal, peço desculpas, lamentei com as famílias.”
Sobre as especulações em torno de uma possível saída do governo, a secretária enfatizou sua vontade de permanecer. “Demissão, não. As pessoas têm uma certa ansiedade em me ver fora. Demissão, exoneração é algo que está rolando sempre. Em nenhum momento (falou-se sobre demissão), estava um clima super bom, ele (presidente Jair Bolsonaro) está sempre alegre e rindo. Ele brinca sempre”, afirma Regina.
“Tenho um projeto e quero deixar um legado, sou uma artista, uma pessoa que ama cultura, ama o setor, apesar de saber que tem uma minoria que gosta de mim, mas o setor me ama. A minoria gritalhona deixa para lá”, acrescentou. *CNN
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