Milhões de brasileiros já receberam o auxílio emergencial do governo, mas muita gente que está habilitada no cadastro ainda não viu o dinheiro na conta.
O comércio fechou e a renda não entrou mais na casa da Cláudia de Moura, que trabalha com eventos. Ela cria a filha sozinha e espera resposta do governo para receber o auxílio emergencial de R$ 1.200 a que tem direito.
“Ligo lá e eles me informam que não tenho cadastro. E me mandam fazer o cadastro no site. Eu vou no site fazer o cadastro e eles me falam que o cadastro está realizado, que tenho que aguardar a análise”, conta a bartender.
A Caixa anunciou que já vai antecipar o pagamento da segunda parcela do auxílio. Além da Cláudia, tem muita gente não recebeu nem a primeira.
A Adriana Baeta é mãe de três filhos, e também é responsável pela família. Ela ainda está tentando entender o que que aconteceu. Ela explicou que tem inscrição no Cadastro Único, o auxílio foi aprovado. Mas até agora nada de pagamento.
“Nada de pagamento. Não tenho conta bancária, então vou receber através da poupança social da Caixa. Para isso, precisei baixar o aplicativo Caixa Tem, para poder conseguir fazer a transferência e os pagamentos. Só que é impossível acessar o aplicativo. Primeiro, ele custa a carregar. Quando eu consegui carregar o aplicativo, veio a informação que a minha conta não havia sido aberta e que eu deveria consultar em 24 horas. Já estou completando 72 horas e não consigo acessar o aplicativo”, diz a autônoma.
Ela também procurou respostas em outras centrais da Caixa. “No 111, a mensagem é sempre a mesma: esse número está temporariamente indisponível. Esse número não existe, tanto de telefone celular, quanto de telefone fixo. E no suporte do aplicativo, já cheguei a ficar 52 minutos numa ligação. E não consegui falar com ninguém”.
A Janaína Rodrigues também espera pelo pagamento. Ela é manicure, tem dois filhos pequenos, e está inscrita no Bolsa Família. No caso dela, deveria receber o valor maior de R$ 1.200.
“A situação fica difícil, viu. Não tenho como nem ir à Caixa, porque eles mesmos já falaram que na Caixa não vai dar para resolver. Você tenta ligar para alguém na Caixa e não atendem. Na hora que atende, fala para ligar para outro número”, conta.
Para essas três brasileiras, a maior angústia é saber quando vão poder contar com o dinheiro.
“Preciso de uma resposta. Como vou fazer? Como que esse dinheiro vai sair? Quem eu tenho que procurar? Quando isso vai acontecer? Já vai pagar a segunda parcela para muitas pessoas. E o nosso ainda em análise. Muita gente”, questiona Cláudia.
A Dataprev declarou que espera concluir, ainda nesta terça (21), o processamento de quase dez milhões de pessoas que fizeram os cadastros entre os dias 7 e 10 deste mês, e que a concessão do auxílio depende do cumprimento dos critérios, mesmo no caso das famílias inscritas no Cadastro Único ou no Bolsa Família.
A Caixa afirmou que o sistema está sobrecarregado pelos usuários que não têm direito ao auxílio emergencial, mas que acessam o aplicativo mesmo assim; que a análise dos beneficiários do Bolsa Família e do Cadastro Único é automática, e que as pessoas que tiveram o auxílio negado podem contestar no próprio aplicativo.
A Janaína Rodrigues também espera pelo pagamento. Ela é manicure, tem dois filhos pequenos, e está inscrita no Bolsa Família. No caso dela, deveria receber o valor maior de R$ 1.200.
“A situação fica difícil, viu. Não tenho como nem ir à Caixa, porque eles mesmos já falaram que na Caixa não vai dar para resolver. Você tenta ligar para alguém na Caixa e não atendem. Na hora que atende, fala para ligar para outro número”, conta.
Para essas três brasileiras, a maior angústia é saber quando vão poder contar com o dinheiro.
“Preciso de uma resposta. Como vou fazer? Como que esse dinheiro vai sair? Quem eu tenho que procurar? Quando isso vai acontecer? Já vai pagar a segunda parcela para muitas pessoas. E o nosso ainda em análise. Muita gente”, questiona Cláudia.
A Dataprev declarou que espera concluir, ainda nesta terça (21), o processamento de quase dez milhões de pessoas que fizeram os cadastros entre os dias 7 e 10 deste mês, e que a concessão do auxílio depende do cumprimento dos critérios, mesmo no caso das famílias inscritas no Cadastro Único ou no Bolsa Família.
A Caixa afirmou que o sistema está sobrecarregado pelos usuários que não têm direito ao auxílio emergencial, mas que acessam o aplicativo mesmo assim; que a análise dos beneficiários do Bolsa Família e do Cadastro Único é automática, e que as pessoas que tiveram o auxílio negado podem contestar no próprio aplicativo. *G1
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