Presidente também voltou a dizer que estava em Brasília no dia em que o ex-policial militar Élcio Queiroz, suspeito de envolvimento na morte de Marielle Franco, visitou o local.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje (2) que pegou a gravação das ligações da portaria do Condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, onde tem uma casa, para evitar que fossem adulteradas. A declaração foi dada durante visita a uma concessionária em Brasília, onde ele comprou uma motocicleta. A informação é do G1.
“Nós pegamos, antes que fosse adulterada, ou tentasse adulterar, pegamos toda a memória da secretária eletrônica que é guardada há mais de ano. A voz não é a minha”, declarou Bolsonaro. O presidente também voltou a dizer que estava em Brasília e não no Rio de Janeiro no dia em que o ex-policial militar Élcio Queiroz esteve no Condomínio Vivendas da Barra.
Reportagem do Jornal Nacional, veiculada na terça (29), mostrou que um porteiro do condomínio contou à polícia que, horas antes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes, Queiroz, um dos suspeitos de participação no crime, esteve no local e disse que iria à casa 58, casa que pertence ao presidente.
Segundo o funcionário, o “seu Jair” atendeu ao interfone e autorizou a entrada. O ex-policial, entretanto, seguiu para a casa de Ronnie Lessa, outro suspeito do assassinato, no mesmo condomínio. Naquele horário, o então deputado Jair Bolsonaro estava em Brasília, onde participou de votações na Câmara.
Na quarta (30), o Ministério Público do Rio de Janeiro afirmou que um áudio obtido na investigação da morte de Marielle e Anderson mostra que foi o PM aposentado Ronnie Lessa quem liberou a entrada de Queiroz no condomínio. No mesmo dia, uma gravação divulgada pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) mostrou que a autorização para a entrada do suspeito partiu da casa de Ronnie. No entanto, a análise das provas por parte do MP-RJ foi considerada superficial. Segundo o presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais, Marcos Camargo, a ausência de perícia oficial pode levar à nulidade do processo.
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