Helena Bertho***da Universa
Getty Images
A Polícia Civil de São Paulo está com inscrições abertas para concursos de agente policial e papiloscopista, entre outros cargos. Quem passar na prova, vai precisar apresentar uma série de exames médicos. Da lista dos exames para as candidatas mulheres consta papanicolau e mamografia, para as que têm mais de 40 anos. Da lista para os candidatos homens, consta o PSA.
Homens e mulheres estão, portanto, igualmente submetidos à incômoda apresentação de exames íntimos; correto?
Errado.
Para especialistas, há discriminação de gênero na escolha dos exames. Os ginecológicos são invasivos. O PSA, que detecta câncer de próstata, é feito por amostra de sangue. Outra queixa: Além da pressuposta invasão, há também queixas ao universo de doenças captadas pelos exames. Os femininos trazem muito mais informações do que às somente ligadas ao câncer.
"É uma forma de discriminação de gênero; porque houve uma escolha. Entre as inúmeras doenças que podem afetar homens e mulheres, foram escolhidas especificamente as ligadas aos órgãos reprodutivos e sexuais femininos", afirma Paula Machado, coordenadora auxiliar do Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher (NUDEM) da Defensoria Pública do Estado de São Paulo.
Exames foram proibidos em concursos do judiciário
O NUDEM conseguiu, em janeiro, uma liminar que suspendeu a exigência dos exames para mulheres em concursos do Tribunal de Justiça do Estado. E em abril, o Conselho Nacional de Justiça se posicionou de forma favorável ao pedido do Núcleo para que os concursos do judiciário de São Paulo não exijam mais esses testes. Leia mais em https://noticias.bol.uol.com.br
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