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terça-feira, 22 de maio de 2018

Ex-pastor é preso por manter jovem que conheceu na internet em cárcere privado

Divulgação/Polícia Civil
Mauro de Oliveira Siqueira, de 50 anos, é suspeito de estuprar e manter jovem de 23 anos em cárcere privado

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu na noite de domingo (20) o ex-pastor Mauro de Oliveira Siqueira, de 50 anos, suspeito de estuprar e manter em cárcere privado uma jovem de 23 anos, com quem mantinha um relacionamento virtual há pelo menos três meses. A estudante, que mora no Maranhão, estava no Rio desde o dia 14 de maio, quando desembarcou para conhecer o homem.

Segundo a polícia, os dois se conheceram pelo Facebook e conversaram por três a quatro meses até decidirem se encontrar pessoalmente. Foi Siqueira quem pagou as despesas da viagem e que buscou a jovem no Aeroporto do Galeão para levá-la até a casa dele em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio. "Toda a família dela sabia do relacionamento, inclusive, que a jovem viajaria para o Rio de Janeiro", informou ao UOL o delegado Vilson de Almeida Silva, do 71º DP.

Ao chegar, a mulher se negou a manter relações sexuais com o ex-pastor e foi mantida em cárcere privado por seis, sendo obrigada a fazer sexo com ele. No sábado (19), ela aproveitou um momento em que Siqueira estava dormindo e conseguiu usar um celular para mandar mensagem para um parente pedindo socorro. Um boletim de ocorrência foi registrado e logo a polícia descobriu o endereço do cativeiro. "Como a notícia espalha rápido, traficantes ficaram sabendo que iríamos invadir o complexo de favelas da área. Eles, então, obrigaram Mauro a se entregar", conta o delegado.

Na delegacia, a jovem disse para os policiais que Mauro a convidou diversas vezes para conhecer o Rio de Janeiro. Como sempre negava, ele decidiu comprar as passagens de ida e volta para a estudante.

O homem não tem passagens pela polícia e vai responder pelos crimes de estupro e cárcere privado. Se condenado, pode pegar até 13 anos de cadeia. Na manhã desta segunda-feira (21), a maranhense passou por exames no Instituto Médico Legal (IML) que comprovaram os abusos. Jéssica Nascimento--Colaboração para o UOL

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