Quando todos pareciam conformados que o outsider da eleição seria um deputado encostado que só aprovou um projeto em 30 anos de carreira, voltou com força a articulação em torno da candidatura de Joaquim Barbosa à Presidência da República pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB).
Barbosa vinha sendo cortejado como vice dos sonhos por Marina Silva, Ciro Gomes e Luciano Huck. Qualquer uma das três candidaturas receberia um grande impulso acrescentando o nome do ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) à chapa. Uma chapa que incluísse dois entre Ciro, Marina e Barbosa (ou mesmo Haddad) largaria como favorita para 2018. Uma candidatura de centro-esquerda que também fosse a candidatura pró-Lava Jato por excelência seria um adversário formidável, mesmo para Lula. E Lula não estará na urna.
Barbosa sozinho não é tão forte: divide o eleitorado de centro-esquerda com Ciro e Marina, reforçando o risco de que nenhum dos três vá ao segundo turno. O PSB é uma das noivas mais cobiçadas na disputa das alianças neste ano, mas, sozinho, não é um partido grande. Barbosa, como Ciro, tem reputação de ter temperamento difícil, e o temperamento do candidato parece tão mais importante quanto mais faltem em sua coalizão aliados fortes que possam lhe fazer contrapeso.
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