O BNDES tem R$ 130 bilhões para repassar ao governo federal neste ano. Se tiver que repassar mais do que isso, a capacidade de financiamento do banco ficaria comprometida. A afirmação é do diretor da área Financeira e Internacional da instituição, Carlos Thadeu de Freitas.
O Tesouro quer R$ 130 bilhões para neste ano cumprir a chamada "regra de ouro" – que impede a União de captar recursos no mercado em volume superior a investimento, evitando que o governo se endivide para cobrir gastos com salários.
Deficitário, o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) necessita de R$ 20 bilhões para arcar com o seguro-desemprego e o abono salarial.
O PIS/Pasep, que também tem como objetivo financiar o seguro-desemprego e o abono, pode necessitar de mais R$ 36 bilhões.
Freitas diz que o banco tem condições de devolver os R$ 130 bilhões ao Tesouro no segundo semestre, mas alerta para o fato de que isso só será feito sob duas condições: que os desembolsos do banco não passem de R$ 90 bilhões e que não exista a necessidade devolver recursos ao FAT.
"Se os empréstimos superarem algo entre R$ 85 bilhões e R$ 90 bilhões ou se houver problemas no FAT ou no PIS/Pasep, o BNDES pode devolver menos", diz Freitas.
A situação é resumida por Felipe Salto, diretor do IFI (Instituição Fiscal Independente), do Senado: "A situação fiscal é das piores já vividas pelo país", diz. Com informações da Folha de SP
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