Cairo, 5 dez (EFE).- O rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdulaziz al Saud, recebeu nesta terça-feira um telefonema do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a quem advertiu que a mudança da embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém poderia ser considerada uma provocação para os "sentimentos" dos muçulmanos de todo o mundo.
"Este passo perigoso é provocador para os sentimentos de todos os muçulmanos do mundo, devido ao lugar de destaque que ocupa a mesquita de Al Aqsa" em Jerusalém (o terceiro lugar mais sagrado do islã após as cidades sauditas de Meca e Medina), destacou o monarca, em declarações veiculadas pela agência de notícias oficial da Arábia Saudita, "SPA".
Além disso, Abdulaziz afirmou que a definição do status de Jerusalém "antes de um acordo definitivo, vai prejudicar o processo de paz (entre palestinos e israelenses) e aumentar as tensões na região".
Trump também telefonou hoje para o rei Abdullah II da Jordânia, para o presidente egípcio Abdul Fatah al Sisi, e para o presidente da Autoridade Nacional Palestina Mahmoud Abbas, para comunicá-los sobre a sua decisão, que será anunciada oficialmente amanhã, segundo antecipou hoje a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders.
Jerusalém Oriental, que os palestinos reivindicam como capital de seu futuro Estado, está ocupada por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, de 1967, e foi anexada em 1980 em uma decisão unilateral israelense, que não é reconhecida pela comunidade internacional.
Atualmente, nenhum país tem sua embaixada em Jerusalém e a mudança da sede diplomática americana poderia ser entendida como o reconhecimento da soberania israelense sobre toda a cidade, inclusive a parte ocupada.
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