por Daiene Cardoso e Igor Gadelha | Estadão Conteúdo
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
O ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), anunciou na manhã desta terça-feira (12) que seu partido caminha para o fechamento de questão em favor da Reforma da Previdência. A proposta de obrigar os parlamentares a votar de acordo com a orientação partidária partiu do próprio ministro em reunião com a bancada no período da manhã, no gabinete da presidência da Câmara. A decisão deverá ser tomada na quinta-feira (14) data da convenção do DEM. Dos 30 parlamentares da bancada, hoje o DEM tem pelo menos 25 votos a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Como oito deputados que eram do PSB estão migrando para a legenda, a bancada chegará a 38, ou seja, a reforma tende a ser apoiada por 33 parlamentares do partido. Líderes do DEM deixaram a reunião dizendo que é possível ampliar a margem de votos pró-reforma na bancada. Mendonça destacou que o clima hoje é favorável à votação da reforma e que a maioria da bancada é a favor do fechamento de questão. "Temos um nível de adesão muito alto por convencimento da necessidade da reforma", afirmou. O ministro acredita que é possível votar o tema ainda este ano, mas ressaltou que não adianta a mobilização da bancada se não tiver a perspectiva dos 308 votos. "Há tempo para votar antes do recesso", previu. Mendonça, que pode se licenciar do cargo para garantir votos a favor da reforma, destacou que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), está otimista. O sentimento foi compartilhado por outros deputados da bancada. "Acho que até o Rodrigo pode votar", disse Pauderney Avelino (DEM-AM), lembrando que o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) votou pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff quando presidiu a sessão de abertura do processo de afastamento da petista. O ministro pediu a mobilização da sociedade pela reforma e disse que independente da liberação de emendas para os parlamentares, o tema é essencial para o País. "O governo deve se mobilizar da melhor maneira possível para convencer os deputados da aprovação da reforma", desconversou.
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