Após o impacto da falta de comida no Hospital Rocha Faria, mais outras notícias causam revolta nos moradores do Estado do Rio de Janeiro. Quando aumenta o número de casos de falta de segurança, ficamos sabendo que uma autêntica frota de “latas-velhas” é utilizada principalmente pela Polícia Militar (PM-RJ) para atender aos casos, cujos veículos são “consertados” com peças de segunda mão doadas por oficinas mecânicas próximas às guarnições policiais.
Há o caso de uma loja vendedora de pneus que ao invés de mandar recauchutar os antigos que foram trocados substitui os de algum veículo da PM que estejam carecas. Outra loja, de peças, faz a mesma coisa quando vende uma nova, e ainda dá mão de obra gratuita para fazer o reparo, informando ainda que conserta de graça uma média de dois veículos por dia.
Para configurar o deboche e a falta de seriedade dos deputados estaduais, a Assembleia Legislativa do Estado (Alerj) teve uma planilha rejeitada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) para aquisição de 750 veículos no valor total de R$ 66.323.853,34 por constatar após pesquisa junta a concessionárias e à tabela Fipe que os valores reais dos carros deveria ser R$ 49.264.925,20, ou seja, um superfaturamento de R$ 17.058.928,70, num percentual de 34,63%, cujo destino já podemos deduzir sabendo-se que no ano que vem haverá eleições.
Quando pensávamos que tudo isso era o limite, vem a notícia informando que além da tentativa de compra dos 750 carros superfaturados a Alerj abriu licitação para aquisição de capas de couro com brasões gravados para as poltronas e para a reforma das 70 cadeiras do plenário. Não terminou ainda a onda de aquisições. Existe também uma licitação para aquisição de materiais odontológicos, além uma ambulância e equipe médica para o Palácio Tiradentes, também conhecido como “Cadeia Velha”.
Finalizando, enquanto PMs não têm como andar de carro, deputados e funcionários da Alerj gastaram dinheiro público para viajar de avião para participar dos mais variados tipos de eventos. O deputado Felipe Soares (DEM) viajou para Porto Alegre a fim participar de uma homenagem à Igreja Internacional da Graça de Deus, liderada pelo pastor R. R. Soares, pai do parlamentar. O deputado Geraldo Pudim (PMDB), que não é presidente da Alerj, voou até Brasília para participar do “Encontro de Presidentes das Assembleias Legislativas”.
Vários outros gastos sem justificativa foram relatados. Mais uma vez fica evidente que cabe aos eleitores fluminenses caprichem na escolha dos nomes que irão eleger no ano que vem. Pensem bem na hora de apertar a tecla verde “Confirma” na urna eletrônica. por Airton Leitão
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