O aeroporto fantasma feito pela Odebrecht em Moçambique, que o BNDES financiou e tomou calote
Inaugurado em dezembro de 2014, o espaço foi projetado e construído pela Odebrecht, com um empréstimo R$ 404 milhões do BNDES, para ser o segundo maior de Moçambique – só fica atrás do de Maputo, a capital. A capacidade é de 500 mil passageiros por ano, recebe menos de 20 mil.
Desde o final de 2016, Moçambique não paga as parcelas do empréstimo do BNDES, diluído em um prazo de 15 anos. Desde o princípio da negociação, era claro que Moçambique não poderia oferecer garantias sobre o pagamento, mas mesmo assim o Itamaraty deu seu aval para o projeto. Em 2009, o então embaixador brasileiro no país, Antonio Souza e Silva classificou a obra como “imprescindível”.
O empréstimo só foi possível porque o Brasil perdoou dívidas anteriores de Moçambique, no valor de 315 milhões de dólares. O perdão, ocorrido em 2004, foi o primeiro do governo Lula e um dos maiores já concedidos pelo Brasil.
Tanto Odebrecht como Embraer relataram ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos terem pagado propina para autoridades moçambicanas com o objetivo de fechar negócios. As informações são da BBC.
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