Radar Online, VEJA
O tucano Antonio Imbassahy já deve ter começado a limpar as gavetas da Secretaria de Governo, que em breve serão ocupadas por seu virtual substituto, Carlos Marun, do PMDB.
O novo dono da cadeira construiu a imagem de um político cujas sutileza é equivalente a de um elefante numa loja de cristal, a antítese de Imbassahy, um sujeito cortês, de fala mansa.
Mas para Michel Temer, a mudança de perfil não é de todo ruim.
O presidente acredita que seu terá um ganho: quando deputados da base ensaiarem criar problemas para o Palácio do Planalto, Marun passará a mão no telefone e dirá ao traidor que entregará eventuais cargos que ele tenha no governo para seu adversário.
O modus operandi da chantagem, quase sempre infalível para fins de resultados imediatos no Congresso.
Imbassahy não irá embora pela porta dos fundos, muito pelo contrário. Ele caiu nas graças de Temer, e só está saindo porque seu partido, o PSDB, enfim, roeu a corda e deixou a base aliada.
Mas o presidente, assim como seus ministros mais próximos, criticavam a falta de pulso do tucano em algumas ocasiões.
Sem dúvida, Marun tem mais força – e muito menos habilidade.
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