O pré-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT), afirmou nesta quarta-feira (1º) acreditar que o atual secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner, será o candidato do PT ao Palácio do Planalto em 2018. O pedetista está em seu segundo dia na Bahia, onde fez palestras em Salvador e Feira de Santana. “É uma pessoa hábil, respeitável. E é um grande vitorioso. Ganhou a eleição aqui na Bahia, a reeleição, elegeu um sucessor que faz um bom trabalho”, estimou, em entrevista ao programa de Mário Kértesz, na Rádio Metrópole. Gomes deu declaração após avaliar que a possível candidatura e eventual eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no próximo ano é nociva para o país. “A presença dele no processo eleitoral destrói o tecido político. Porque, quando ele entra, ninguém vai ter um minuto para discutir saúde, educação e segurança. Vai ser todo mundo ódio e paixão com o Lula, uma coisa odienta, violenta. É assim que a vida ficou no Brasil em razão dos erros políticos que ele cometeu”, criticou. Ele ainda afirmou “sonhar” que Lula será absolvido das acusações que enfrenta na Justiça, mas aconselhou o petista a abandonar os planos de ser candidato. “Sonho que ele, absolvido e numa posição muito generosa nas pesquisas, diga: ‘Olha, se eu quiser candidato, sou favorito, mas considero que o Brasil precisa de paz. Eu vou convocar um grande discussão entre todos os partidos que têm compromisso popular para montar um programa de unidade no país’. Ele faria história se fizesse isso”, declarou. Nesta quarta, Gomes teve um almoço com Wagner. Em nota, o ex-governador da Bahia não falou sobre a especulação do petista, mas defendeu a construção de “pontes” no campo progressista. “Fiquei contente com a visita e com o nosso encontro. Ciro é grande quadro da política nacional e um bom candidato, que pensa o Brasil a partir de um projeto nacional. A ele pude dizer isso tudo e mais: que a nossa tarefa principal é construir pontes que possibilitem a maior unidade do campo progressista. Nessa tarefa todos são bem vindos e igualmente importantes. Não podemos somente assistir o crescimento do obscurantismo; é preciso reagir e juntar o país em um tipo de Marcha pela Civilização”, salientou. por Bruno Luiz / BN
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