Das nove malas abarrotadas de dinheiro apreendidas em um apartamento ligado ao ex-ministro Geddel Vieira Lima, no bairro da Graça, em Salvador, no dia 5 de setembro, duas não chegaram a Brasília. É o que indica uma certidão da Polícia Federal, que coloca mais um ponto de interrogação na história dos R$ 51 milhões apreendidos no bunker. No documento, revelado pelo repórter Aguirre Talento, da IstoÉ, a PF em Brasília registra ter recebido sete malas de dinheiro, enquanto o auto de apreensão lavrado pela PF em Salvador, ao realizar a operação no apartamento, em setembro, registrava duas sacolas de dinheiro a mais. A certidão não explica onde foram parar as duas malas. Também não diz se houve sumiço de dinheiro. “Certifico que, quando do recebimento do material encaminhado pela SR/PF/BA, referente a Operação Tesouro Perdido, através dos memorandos nº 3530/2017, 3531/2017 e 3532/2017, foi constatado a presença de somente 7 malas, sendo 6 grandes e 1 pequena, quando no auto de apreensão relaciona 9 malas, sendo 6 grandes e 3 pequenas”, relata a certidão, lavrada pelo escrivão Francisco Antonio Lima de Sousa, lotado na Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado, a Dicor, em Brasília.
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