A palavra resistência deu a tônica da Sessão Solene do Legislativo de Itabuna pelo Dia da Consciência Negra. Cinco lideranças do candomblé local foram condecoradas, na noite de segunda, 20, em virtude da luta pela liberdade de credo e em favor da cultura afro-brasileira. “É impossível formar uma sociedade justa e igualitária alimentando o ódio racial”, frisou Jairo Araújo (PCdoB).
Jairo e Aldenes Meira (PCdoB) homenagearam, com placas comemorativas, os religiosos Gildo Conceição, Carmelita dos Santos, Dêsdemona Dantas, Ruy Póvoas e, postumamente, Maria Luiza Clímaco. Os homenageados ressaltaram a força da identidade religiosa. “Temos uma religião resistente que ninguém vai destruir”, discursou a ialorixá Zueine Santos.
Outro tema da solenidade, levantado por Lula Dantas – integrante do Coletivo de Entidades Negras de Itabuna – tratou de igualdade racial. Em tom de cobrança, o movimento recordou a necessidade de se destinar recursos do Orçamento itabunense para o Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Comprir), criado em 2016 por lei de autoria do Pastor Francisco (PRB).
O acesso do povo negro a políticas públicas no âmbito da Administração Municipal (Prefeitura e Câmara) foi cobrado por Egnaldo França, idealizador do Encantart e do PreAfro, projetos sociais que beneficiam moradores carentes. França argumentou que Itabuna ainda figura entre as cidades mais perigosas do Brasil no que diz respeito à violência contra a juventude negra.
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