O deputado federal Wladimir Costa (SD-PA), que ganhou os holofotes na última semana após ter "tatuado" o nome do presidente Michel Temer no ombro, está sendo acusado de assédio pela jornalista Basília Rodrigues, da Rádio CBN. O assédio, de acordo com ela, ocorreu durante o jantar que reuniu Temer e deputados na casa do vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG). Ao questionar se o deputado poderia mostrar a tatuagem novamente para o presidente Michel Temer e para os jornalistas, Basília ouviu do parlamentar que "Para você só [mostro] se for o corpo inteiro". A necessidade de ver a tatuagem novamente se deu após rumores de que ela era apenas temporária, de hena, o que o deputado negou, mas não quis comprovar no momento. O deputado negou, em nota ao site Poder360, que tenha dito a frase insinuando um caráter sexual. "Eu disse para ela que mostraria o corpo inteiro porque tenho seis tatuagens. O corpo inteiro não quer dizer necessariamente nu”, escreveu o deputado. “Isso aí [acusações de assédio sexual] virou moda agora, eu não tenho medo disso aí", completou. O Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal classificou a ação do deputado como "antiética, misógina, machista e racista". "As mulheres jornalistas, em especial as negras, já estão submetidas a uma série de desigualdade e violências, dentro e fora das redações, que demandam de toda a sociedade atenção redobrada, ainda mais quando se trata de uma cobertura política de interesse público. Solidarizamo-nos à jornalista", disse o sindicato em nota. BN
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