A tailandesa Suthida Saengsum, de 20 anos, teve sua “infância arruinada” após ter sido erroneamente diagnosticada como HIV positiva.
Após sofrer intensas rejeições enquanto criança, devido a sua suposta condição, hoje ela busca uma forma de compensação ao processar o Ministério Público da Tailândia. Saengsum recebeu recentemente os resultados de dois novos exames de sangue, mostrando que ela nunca teve o vírus. “Chorei sozinha todas as noites em casa”, disse. “Nenhum dinheiro poderia pagar o que eu sofri e eu gostaria de dizer isso ao médico”.
Saengsum foi diagnosticada com HIV depois que seus professores a levaram para ser testada há 12 anos. A equipe da escola teria ficado preocupada, porque seu pai havia morrido de AIDS enquanto a mãe estava sofrendo de alergia grave. Contudo, não houve um segundo teste para confirmar o primeiro resultado, e Saengsum, ainda criança, começou a tomar medicamentos antirretrovirais todos os dias.
Ela afirma que a discriminação que sofreu levou-a a abandonar a escola. Quando se casou, apesar de usar métodos contraceptivos, acabou engravidando do primeiro filho, hoje com cinco anos. Decidida a testar o filho, ela ficou surpresa ao descobrir que ele não tinha HIV. Foi então que resolveu fazer um segundo teste nela mesma. Quando os resultados mostraram que ela não tinha o vírus, parou imediatamente de tomar os medicamentos.
No entanto, ela continuou a ter dúvidas sobre sua saúde e no início do mês resolveu fazer um terceiro exame, o qual também saiu negativo para a presença do HIV. Ela contou que quando recebeu os resultados explodiu em lágrimas: “Meus filhos, de agora em diante vocês não terão que se envergonhar ou se esconder dos outros, porque não tenho HIV”.
O caso de Saengsum não é o primeiro do tipo no país. PreeyanantLorsermwattana, presidente de uma rede de pessoas afetadas por negligência médica, disse que a Tailândia recebeu várias queixas de pessoas que sofreram diagnósticos errados. Ela citou o caso de uma enfermeira diagnosticada com HIV que recentemente ganhou uma ação contra o médico responsável por seu exame de sangue. Por causa do erro, ela teve que tomar medicamentes por quatro anos, perdendo uma oportunidade de trabalho no exterior. O nome do hospital envolvido no caso de Saengsum não foi divulgado. [ Daily Mail ] [ Fotos: Reprodução / Daily Mail ]
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