Foto: Reprodução / MPF
O ex-diretor-presidente da OAS, Agenor Franklin Medeiros, afirmou em depoimento prestado à Justiça Federal nesta quinta-feira (4) que a construtora também tem um setor destinado a pagamentos indevidos a partidos políticos – outra empreiteira a ter uma divisão semelhante é a Odebrecht, com o Departamento de Operações Estruturadas. “Existe uma área da empresa, que é justamente a área que trabalha nessa parte de vantagens indevidas, chamada Controladoria, onde doações a partidos, até de forma oficial, saem do presidente, vão para o diretor financeiro e para o gerente dessa área", contou Medeiros. Segundo informações do portal G1, o executivo relatou que foram feitos pagamentos ao PP, PSB e PT, tendo o último um “tratamento diferenciado”. “Ao PT era dado um tratamento diferenciado, justamente por ser o partido que tinha maiores valores envolvidos. Esses partidos que foram citados, eu tenho pouco conhecimento que eles tinham muitos valores envolvidos – PSB E PP". Ele citou também que a OAS participou de dois contratos investigados: um envolvendo a refinaria Getúlio Vargas, no Paraná, e a Abreu e Lima, em Pernambuco. Nesta, segundo Medeiros, parte do dinheiro foi repassado ao ex-governador Eduardo Campos, que morreu em um acidente de avião em 2014, quando iniciava a campanha para a Presidência da República.“Eu estou falando dos R$ 36 milhões que ficou ao nosso cargo, 13,5 milhões foi determinado pelo líder do consórcio, depois de uma conversa com o Janene, que seria pro PP. R$ 6,5 milhões seriam pro PSB, campanha de Eduardo Campos, de 2010 ao governo de Pernambuco”. A OAS faria o pagamento de fornecedores da campanha de Campos e outros R$ 16 milhões foram destinados ao PT. BN
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