Advogados do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), têm notificado judicialmente as pessoas que ofendem ou incitam a violência nas redes sociais contra o empresário. As denúncias são repassadas por "simpatizantes" do prefeito que consideram as mensagens ofensivas. "Eles printam [reproduzem] os posts e mandam para a gente verificar se há prática de ofensa ou incitação de violência. A gente confere tudo e vê que a maioria é de manifestações pacíficas", explicou à Folha o advogado Guilherme Ruiz Neto, da Pomini Advogados. O escritório pertence ao secretário Municipal de Negócios Jurídicos, Anderson Pomini, que se afastou da empresa desde quando assumiu o cargo, e a Thiago Tommasi, que trabalha com Ruiz Neto na defesa de Doria. Os honorários são pagos pelo prefeito, segundo o advogado. "Se não retira [o comentário], a gente promove ações judiciais cabíveis. Mas a maioria [dos comentários] nós deixamos continuar. Conhecemos o direito de manifestação, só não aceitamos baderna nem estímulo à violência. A internet não é terra sem leis", afirmou Ruiz Neto, que negou haver "patrulha". Em das ações assinadas pelos advogados do escritório, a Justiça chegou a determinar que o Facebook divulgasse a identidade por trás dos perfis que criaram um evento convidando as pessoas para uma "virada cultural" na casa de Doria. BN
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