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domingo, 12 de março de 2017

Após acerto com o goleiro Bruno, Boa Esporte vira alvo de duras críticas nas redes sociais

Até as 15h15 desta última sexta-feira (11/3), a página do time mineiro Boa Esporte no Facebook tinha o futebol como assunto principal nos comentários. Pouco tempo depois, uma chuva de críticas, repúdio e revolta se tornou o assunto principal abordado. A mudança radical foi provocada após a confirmação de que o clube fechou acordo com o goleiro Bruno, condenado por assassinato e ocultação do cadáver de Eliza Samúdio, em março de 2010.
Em comentários de postagens antigas os torcedores cobraram um posicionamento do clube, de patrocinadores e do fornecedor de materiais esportivos, além de questionarem o intuito da contratação como uma suposta jogada de marketing. O Boa Esporte disputará o Campeonato Brasileiro da Série B desta temporada 2017.
Bruno foi condenado a 22 anos e 3 meses de prisão e cumpria pena na Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), no interior de Minas Gerais. Por decisão liminar do ministro Marco Aurélio, o goleiro foi solto e aguarda em liberdade o julgamento da decisão. Ao todo, o goleiro cumpriu 6 anos e 7 meses em reclusão, menos de 30% da pena prevista. Sobre ele, ainda pesam as condenações por sequestro e cárcere privado do filho Bruninho.

TEM MAIS….
Cerca de 20 mil pessoas apoiaram um abaixo-assinado para que o goleiro Bruno não volte a jogar futebol profissionalmente. O texto foi lançado por Vanuzia Leite Lopes, também conhecida como Vana Lopes, fundadora da ONG Somos Todos Vítimas Unidas, e tem apoio de Sonia Fatima Moura, mãe de Eliza Samudio. A atriz Letícia Sabatella também já assinou a petição. Segundo Elizandra Moura, irmã do padrasto de Eliza, Sonia está “sem chão” e “muito abalada” com a situação, que era inesperada, além de estar temerosa com o que pode ocorrer com o neto.
O abaixo-assinado defende que o ex-jogador seja impedido de atuar no esporte e de requerer a guarda do filho que teve com a modelo que assassinou, Eliza Samudio, que também se chama Bruno, de sete anos. “Jogadores são vistos como ídolos, e esse tipo de exemplo não pode ser aceito para nossos filhos. Não aceitamos esse símbolo da morte visitando nossas casas nos domingos. Agora basta ser goleiro para cometer um crime e depois ser aplaudido?”, disse Vana ao jornal paulista Estadão.

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