É melhor que o Governo, o Congresso Nacional e os partidos políticos não festejem um possível fracasso das manifestações de domingo passado. Tal fato deveu-se à pouca divulgação e também à variedade de temas levados às ruas. Se fosse apenas para a defesa da Operação Lava-Jato, certamente a adesão seria muito maior, porque para o povo o combate à corrupção está em primeiro lugar. A população quer ver condenados e presos os políticos criminosos que roubaram milhões de reais dos cofres públicos para financiar campanhas eleitorais e para enriquecimento de alguns caciques partidários. O povo não está desligado. A maior manifestação acontecerá nas urnas nas eleições de 2018. Nas eleições municipais do ano passado já foi dado um aviso, quando a maioria dos prefeitos e vereadores não conseguiu se eleger. A renovação foi uma das maiores dos últimos tempos;
É lamentável que um bloco carnavalesco reúna 500 mil pessoas às 8 horas da manhã, mas não saia às ruas para protestar contra surrupia dinheiros de seus impostos que deixam de ser aplicados em Saúde, Educação e Segurança, por exemplo, dando a entender que está gostando do que acontece em todo o país, enquanto poucos comparecem para reclamar contra as falcatruas praticadas por milhares de políticos. Depois, não podem reclamar daquilo que está atingindo a eles próprios. Porém, indo ou não às ruas, não podemos nos mostrar desligados e não concordaremos com a discussão de reformas propostas por parlamentares investigados e prestes a serem condenados, em especial as que buscam dar aos mesmos proteção legal, além de auto anistia para os crimes que cometeram para conseguir um mandato que lhes dá a proteção do famigerado foro privilegiado. Estamos de olho, senhores! por Airton Leitão
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