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sexta-feira, 31 de março de 2017

Como sempre, o que não faltam são notícias sobre corrupção de políticos

Como ocorre diariamente, há assuntos novos surpreendentes e outros que se repetem, de variadas formas. No caso da famigerada lista fechada para se votar em parlamentares indiretamente, uma vez que o eleitor não terá direito de escolher seu candidato preferido, José Antônio Domingues, do Rio, leitor de “O Globo”, teve carta publicada na edição de hoje no seguinte teor:

“A pessoa entra no restaurante e pede o cardápio. O garçom, muito atencioso, diz: ‘Não trabalhamos mais com cardápio. Trabalhamos, agora, com lista fechada, ou seja, escolhemos o que o senhor vai comer. O senhor não escolhe mais’. Nesse simples exemplo podemos avaliar o que o Congresso quer nos impor. Isto tem nome: estelionato eleitoral, visando a livrar políticos corruptos de punições, colocando-os na tal lista fechada”. 


Para que se tenha ideia de como esse sistema tem mesmo interesses escusos para que tramite no Congresso Nacional, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso já disse ser contrário à medida, e divulgou recentemente um vídeo no qual incentiva maior participação popular nas decisões de governos e do Congresso, e o fim do voto obrigatório;

Dentro da variedade de temas ligados à corrupção, a prisão de conselheiros do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) acabou sobrando para muito mais gente, em especial os servidores públicos do Estado. É que o projeto de renegociação das dívidas dos estados teve sua votação adiada para semana que vem. A decisão foi tomada em conjunto pelo relator do projeto, Pedro Paulo (PMDB-RJ), pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o líder do Governo, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Eles alegam que não há clima no momento a matéria ser apreciada. E eles estão certos. Como o Governo Federal irá oferecer ajuda financeira a um Estado cujo TCE não pode se reunir para opinar sobre a utilização dos recursos, se dos sete conselheiros cinco estão atrás das grades e um deles está de licença médica? Não há quórum para a reunião, e o preenchimento das vagas depende de apreciação e voto da Assembleia Legislativa, cujo presidente está envolvido nas falcatruas reveladas pela Operação “O Quinto de Ouro”. Está difícil a vida dos fluminenses. por Airton Leitão

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