Mês passado, num espaço de duas semanas, três padres — o baiano Ligivaldo, o mato-grossense Rosalino e o mineiro Renildo — se suicidaram. As idades variavam entre 31 e 37 anos. Uma pesquisa de 2012 revelou que o ofício de padre está entre as profissões mais estressantes, na frente de policiais. Essa depressão no meio de padres e pastores vem sendo exaustivamente estudada pela psicóloga clínica Luciana de Almeida Campos e será tema do seu livro “A dor invisível: A síndrome de Burnout e depressão entre os religiosos”. A informação é destaque no Ancelmo Góes.
A autora conta que se deparou, por exemplo, com pastores que, em razão da depressão, abandonaram o pastorado, mudaram de religião, migrando para o candomblé, ou viraram ateus. “Tenho acompanhado a sobrecarga dos religiosos com seus afazeres, pois, ao contrário do que muitos pensam, a vida deles é bastante difícil.” Luciana acentua a solidão dos religiosos como ponto delicado no “incremento do adoecimento”. Em tempo: a síndrome de Burnout, também chamada de síndrome do esgotamento profissional, atinge pessoas com dedicação exagerada ao trabalho e quase sempre desejando serem as melhores no que fazem.
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