Um homem de 57 anos – que não quis ser identificado – sofreu um AVC 15 minutos após consumir uma bebida energética. O fato ocorreu no Alabama e o homem foi hospitalizado ao sentir formigamento e dormência nos braço e perna direitos.
Uma tomografia computadorizada revelou que ele tinha sofrido uma hemorragia cerebral pequena, mas com risco de vida. Cirurgiões da Universidade de Alabama, em Birmingham, conseguiram tratar os sintomas descritos. No entanto, ele continuou a apresentar formigamento, dormência e meses depois começou a ter tremores, segundo o relatório publicado no American Journal of Emergency Medicine.
O autor, Dr. Anand Venkatraman, adverte que o incidente deve ser um sinal de alerta para os consumidores de bebidas energéticas. Isso porque nossos cérebros lutam para lidar com esses altos níveis de cafeína e suplementos que prejudicam a pressão arterial. “O homem relatou que seus sintomas começaram cerca de 15 minutos depois de beber uma bebida energética, na primeira vez que ele tinha consumido este produto”, comentou Dr. Venkatraman, do Departamento de Neurologia UAB.
Dr. Venkatraman disse que a bebida contém um elevado nível de cafeína e uma variedade de ingredientes associados ao aumento da pressão arterial. “Esta bebida em particular contém vários suplementos sobre os quais temos pouca compreensão de potenciais interações com os outros ou com a cafeína“, disse Dr. Venkatraman. “Ele é estruturalmente semelhante a anfetaminas e estimula o sistema nervoso simpático“, completa.
O sistema nervoso simpático regula nossas reações de fuga ou luta. Quando confrontados com uma situação de urgência, potencialmente perigosa, o corpo se prepara para tomar medidas extremas, no caso lutar ou fugir. “Para pacientes em risco de doença vascular, este aumento da pressão arterial pode ser perigoso, podendo afetar um vaso sanguíneo já enfraquecido a ponto de se romper“, disse Dr. Venkatraman.
Os ingredientes suspeitos de influenciar o sistema nervoso simpático incluem a ioimbina e extrato de chá verde. “Estes ingredientes são suplementos e não são regulamentados pelo governo da mesma forma que os medicamentos são“, disse o médico. “Não temos boas informações sobre dosagem para alguns destes suplementos. Nós não sabemos o quanto é demais, por exemplo, especialmente em populações com diferentes graus de risco“.
“Também não temos informações suficientes sobre as doses máximas, especialmente para pessoas com problemas de saúde subjacentes. Os consumidores precisam estar cientes dos ingredientes das bebidas. É necessário tirar todas as dúvidas com seus médicos. Eles também devem seguir as recomendações do fabricante”, completou o médico.
O paciente tinha um histórico de pressão arterial elevada e estava em risco aumentado de doença vascular.
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