Muitos deles omitem a doença, temendo perder o emprego.
Um estudo publicado esta semana no periódico científico Environmental Health revelou que 1 em cada 8 pilotos sofrem de depressão. A investigação, realizada por pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, evidenciou ainda que muitos deles omitem a doença, temendo perder o emprego.
Com o objetivo de entender a saúde mental dos profissionais das companhias aéreas, os pesquisadores aplicaram questionários anônimos via internet, com perguntas variadas, incluindo temas como trabalho, saúde e depressão. Aproximadamente 3,5 mil pilotos responderam ao questionário, mas somente 1.850 completaram as questões relacionadas à saúde mental.
Dentre os 1.430 que disseram atuar como pilotos nos sete dias anteriores à pesquisa, 13,5% informaram o estado mental: 12,5% admitiram “depressão provável” e 4,1% deles, disseram ter pensamentos suicidas nas duas semanas anteriores. Os estudos revelaram ainda que os sintomas de depressão foram mais verificados em pilotos que usavam muita medicação para dormir e entre aqueles que sofriam assédio verbal ou sexual.
“É obvio que a depressão é subtratada entre os pilotos. Espero que as discussões após o acidente da Germanwings tenham ajudado os pilotos a buscar ajuda de forma mais aberta”, disse o pesquisador Alpo Vuorio, da Universidade de Helsinque, que não atuou neste estudo específico, referindo-se ao caso ocorrido em 2015, quando o copiloto derrubou um avião nos Alpes Suíços.
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