Foto: Reprodução / Facebook Celia Castedo Monasterio
A boliviana Célia Castedo Monasterio, apontada como responsável por autorizar o plano de voo do avião da LaMia entrou com pedido de refúgio no Brasil nesta segunda-feira (5). A aeronave levava a delegação da Chapecoense para a Colômbia e caiu na madrugada da última terça-feira (29). A solicitação foi feita na Polícia Federal em Corumbá (MS). O delegado Sergio Luis Macedo disse ao Uol que a solicitação foi encaminhada Ministério da Justiça, que tem até um ano para avaliar o pedido. Durante o pedido, Célia pode permanecer legalmente no Brasil. "Ela alegou que está sendo perseguida e tida como um bode expiatório, a única culpada pelo Ministério Público Boliviano neste acidente. Ela diz que não tinha autoridade para impedir que o avião decolasse. Então foi feito o pedido de refúgio aqui na delegacia, que é enviado automaticamente ao Ministério da Justiça por meio de um sistema computadorizado. Mas a partir de agora, ela já pode ir para onde quiser no Brasil", explicou o delegado. Célia prestou depoimento ao Ministério Público Federal do Mato Grosso do Sul, que emitiu uma nota oficial. Segundo órgão, a Secretaria de Cooperação Internacional da Procuradoria-Geral da República vai solicitar aos órgãos federais competentes as medidas cabíveis a essa situação. Célia é funcionária da Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea e revisou os planos de voo do avião LaMia antes do embarque. Um documento mostra a assinatura da funcionária, que chegou a questionar o plano e apontar falhas para Álex Quispe, um dos tripulantes da aeronave. Célia diz que o questionou sobre cinco tópicos, entre eles o tempo de voo previsto de Santa Cruz de la Sierra até o aeroporto de Medellín - igual à quantidade de combustível da aeronave, não prevendo atrasos. Apesar disso, o avião foi autorizado e decolou. BN
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