O corte reto e metalizado traçado pela ferrovia no horizonte destaca a Transnordestina em meio à seca paisagem sertaneja, tão familiar ao agricultor Francisco Emiliano, de 58 anos, que viu a obra ser lançada em 2006 e testemunha diariamente o silêncio da linha inacabada, onde já não há mais operários trabalhando e nem passa trem algum. Ao longo dos dez anos de sua atrasada obra, que já consumiu mais de R$ 6 bilhões, a ferrovia Transnordestina passou de símbolo da promessa de um Nordeste e de um Brasil que não parariam de crescer para um catálogo de retratos de abandono, tanto onde a linha está pronta, mas sem operar comercialmente, como nos canteiros de obra deixados para trás quando o dinheiro parou de entrar. O futuro da ferrovia, que era um dos principais projetos de infraestrutura do país, com mais de 1.700 quilômetros de traçado, segue incerto. CONTINUE LENDO »
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