Mais de 70 mil cadastros foram cancelados e 600 mil beneficiários tiveram seus pagamentos adiados. Algumas família tinham renda acima do permitido.
Giovana Teles / Brasília, DF
Depois de um pente fino nos cadastros do Bolsa Família, o Ministério do Desenvolvimento Social encontrou irregularidades em 1,1 milhão de benefícios. Parte dos contratos foi cancelada e parte teve os pagamentos adiados.
As informações do cadastro do Bolsa Família foram comparadas às de outros seis bancos de dados do governo. O que se descobriu é que quase 470 mil famílias tinham renda acima do limite permitido para o Bolsa Família. Esses benefícios foram cancelados. Com isso, somente neste mês, o governo vai deixar de repassar R$ 85 milhões.
Além dos cadastros cancelados, outros 654 mil foram bloqueados. Nesses casos, a renda dos beneficiários está dentro do permitido, mas as famílias tinham outras fontes de renda não declaradas ao programa - e agora terão três meses para explicar isso.
"Os bloqueios são feitos para que a família tenha a oportunidade de nos mostrar ou nos provar que a informação que nós identificamos no registro administrativo pode ter algum erro, pode estar defasada, pode ter algum problema que precisa ser atualizado. Então os bloqueios podem ser revertidos, os cancelamentos também podem ser revertidos, mas é um processo mais complexo de identificação de possíveis falhas num batimento dessa magnitude ou de atualização das informações necessárias", declarou Tiago Falcão, secretário de Renda e Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário.
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