Confirmado o impeachment de Dilma Rousseff, muita gente tem especulado sobre o futuro dela e de seu criador, o ex-presidente Lula, e mesmo do PT. Quanto a ela, sem que tenha sido resolvida a questão da perda de seus direitos políticos, há declaraçoes dela afirmando que não quer mais saber de concorrer a cargo eletivo. Mantidos os direitos políticos, pode ser que Dilma admita exercer algum cargo em algum Poder Executivo (ministra, secretária de Estado ou secretária municipal), mas quanto a eleições, hoje ela quer distância. É certo que os baixíssimos índices de popularidade dela apontados em pesquisas recentes não aconselham a qualquer candidato vincular seu nome ao de Dilma Rousseff. Hoje, o apoio dela é uma espécie de suicídio eleitoral, é dizer ao eleitorado que não está querendo se eleger ou reeleger. Até o PT está "cheirando mal" entre integrantes do partido. Na propaganda impressa e nos programas de TV a maioria deles omite a famosa estrela vermelha símbolo do partido, e até mesmo a cor que o identifica está sendo trocada por outras, com predominância da azul. Todos querem ver o vermelho bem longe; por Airton Leitão
Há quem diga que as eleições municipais de 2 de outubro servirão como teste para que os dirigentes do PT se posicionem com relação às eleições de 2018. Uma corrente entende que haja uuma espécie de reciclagem, principalmente porque nos próximos dois anos deveá acontecer as sentenças resultantes da Operação Lava-Jato, tanto as que vierem a ser proferidas pelo juiz Sérgio Moro, com as provenientes de outras instâncias, em especial as que sejam prolatadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) punindo politicos detentores de foro privilegiado. Tem muitos petistas e aliados que certamente serão condenados por causa das falcatruas por eles praticadas. Quanto a Lula, a situação é semelhante a de Dilma. Ao contrário de quando era o político mais popular do país, ele anda com uma rejeição superior a 60%;
Mas, há um motivo de alento e de esperança para seus seguidores. Muita gente ainda recorda que quando tinha grande popularidade Lula andou se consderando como um novo Getúlio Vargas. Então, quem sabe se a história do "pai dos pobres" possa ser revivida por Lula. Deposto da Presidência da República, Vargas concorreru a senador nas eleições para a Assembléia Nacional Constituinte de 1946, por dois estados, pois a legislação eleitoral da época permitia isso: Rio Grande do Sul, na legenda do Partido Social Democrático (PSD), e São Paulo, pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Por esta legenda, foi também eleito representante na Câmara dos Deputados por sete estados: Rio Grande do Sul, São Paulo, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Paraná. Assumindo seu mandato no Senado como representante gaúcho, Getúlio Vargas exerceu também a legislatura que se seguiu (1946-1949). Candidato a presidente da República pelo PTB, em 1950, Getúlio Vargas derrotou os candidatos, Eduardo Gomes (UDN) e Cristiano Machado (PSD), elegendo-se com 3.849.000 votos. Quem sabe, a história se repita com Lula, mas não em 2018. por Airton Leitão
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