Os petistas devem ser varridos das prefeituras de capitais nas eleições de outubro. Hoje, o partido lidera as pesquisas em apenas duas capitais, Porto Velho e Rio Branco, no norte do país.
O PT não lidera a corrida eleitoral em nenhuma das capitais do Nordeste, região na qual o lulismo é a principal força política. Nesse quadro adverso, as principais apostas da sigla são Recife, com João Paulo, e Porto Alegre, com Raul Pont. Ambos já foram prefeitos e estão em segundo lugar.
Nas eleições de 2012, os petistas venceram em cinco capitais, entre as quais a maior delas, São Paulo. Mas agora a realidade é diferente. A Lava-Jato manchou a imagem da legenda e de seu principal líder, Lula, e se transformu num obstáculo para todos os seus candidatos.
O PMDB, do presidente Michel Temer, viveu situação semelhante na década de 1980. Embalado pela euforia com a redemocratização, da qual foi seu principal ator, o partido elegeu 19 de 25 prefeitos de capitais nas eleições de 1985.
Mas na eleição seguinte, 1988, foi ladeira abaixo. Com o desgaste do governo Sarney, o naufrágio do Plano Cruzado e a hiperinflação, os peemedebistas despencaram de 19 para apenas quatro capitais. Em 1985 tinham vencido em uma das três maiores metrópoles do país, Belo Horizonte. Em 1988, em nenhuma. Por Ilimar Franco
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