O presidente da Portela, Marcos Falcon, foi morto na tarde desta segunda-feira, na sede do comitê de campanha, na Rua Maria José, em Madureira, na Zona Norte. Ele era candidato a vereador pelo Partido Progressista. Até o momento, não há mais detalhes sobre o assassinato. No atentado, o tesoureiro da escola, Felipe Guimarães foi atingido por um tiro de raspão. Em março, o blog do Leo Dias, colunista do jornal O Dia, publicou que a 29ª DP (Madureira) estava investigando um plano para assassinar Falcon. A coluna confirmou a existência de um áudio, que está em poder da polícia, em que um homem declara existir tal intenção de homicídio. Na ocasião, o presidente confirmou a investigação, mas pediu para não falar, justamente para não atrapalhar o trabalho dos policiais. Falcon já sofreu quatro atentados, levou 18 tiros e se submeteu a nove cirurgias reparadoras. Mas esta teria sido a primeira ameaça dele após assumir o cargo na Portela. A queda de braço entre Rogério Andrade, patrono da Mocidade Independente de Padre Miguel, e Falcon teve um capítulo à parte na apresentação dos sambas enredo de 2015, realizada há dois meses na Cidade do Samba. Ali, o patrono Rogério Andrade imaginava tornar a Mocidade o centro das atenções, com a apresentação da rainha de bateria Claudia Leitte. A Portela, no entanto, roubou a cena. A participação dos componentes das escolas era proibida no evento, mas Falcon liberou a entrada dos portelenses pelo barracão. A Azul e Branco foi a única a ter dezenas de vozes cantando o seu samba. Andrade não gostou da manobra e deixou a festa naquele momento. “Esse cara nunca mais vai brincar comigo”, teria dito, referindo-se a Falcon. A verdade é que na estratégia para tornar-se a grande personalidade da Sapucaí, o contraventor não considera como adversários antigos bicheiros como Anísio, Capitão Guimarães ou Luizinho Drumond, que acha superados. Já o emergente Falcon acompanha atentamente. Uma vitória da Portela, poderia elevar ao estrelato o policial, de idade muito próxima à dele. Desde que destituiu Paulo Vianna da presidência da Mocidade, como revelou O DIA , o ousado Andrade imprimiu seu estilo à escola. Despejou dinheiro onde havia salários atrasados, trouxe a peso de ouro o carnavalesco Paulo Barros, tricampeão do Grupo Especial, e a cantora Claudia Leitte. Tudo para ganhar o título que não vem desde 96. (O Dia)
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