Um grupo de pesquisadores brasileiros conseguiu confirmar a associação entre microcefalia e infecção pelo zika, o que reforça a possibilidade de uma epidemia dessa condição à medida que eclodirem novos surtos massivos da doença.
Esta é a primeira vez no mundo em que a hipótese foi testada usando o chamado padrão ouro dos estudos científicos: a comparação entre bebês afetados e os controles, ou seja, os que nasceram sem o problema. No primeiro caso, 41% das crianças tiveram confirmação laboratorial de infecção pelo vírus. No segundo, não foi feita detecção do material genético do patógeno em nenhum dos participantes.
Em agosto de 2015, quando o Brasil parecia só ter olhos para a Operação Pixuleco, braço da Lava-Jato que prendeu o ex-ministro José Dirceu, o noticiário político foi interrompido por notícias sobre o aumento no número de nascimento de crianças com microcefalia. Até então, poucos leigos conheciam esse sintoma. A epidemia de zika, tratada pela imprensa, naquela época, como “doença misteriosa”, foi associada ao tamanho reduzido do crânio por médicos nordestinos, que viam, a cada dia, uma quantidade de bebês nascerem com o problema, ao mesmo tempo em que as mães relatavam terem sido acometidas por uma “virose” quando gestantes.
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