Segundo uma nova análise, o consumo de álcool, mesmo em pequenas quantidades, pode causar sete tipos de câncer.
A pesquisa sugere que a bebida provoca a doença em diversas partes do corpo, como garganta, laringe, esôfago, cólon, intestino e mamas; incluindo o mais conhecido da população que é o câncer de fígado. Os pesquisadores ainda não sabem explicar a associação da utilização da bebida com o surgimento da doença.
Para chegar a esta conclusão, a pesquisadora-chefe Jennie Connor, da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, analisou os principais estudos de câncer relacionados ao álcool, para examinar as ligações entre eles. No final, a pesquisadora descobriu que a quantidade de álcool tem uma relação com o surgimento da doença, ou seja, quanto mais uma pessoa bebe, mais chances ela tem de desenvolver certos tipos de câncer.
A mais forte destas ligações foi com o câncer de boca. De acordo com Connor, beber 50 gramas de álcool por dia pode aumentar os riscos de uma pessoa ter câncer de boca em até sete vezes, se comparada a alguém que não bebe.
Foto: Reprodução / Wikipédia
Porém, o Instituto Nacional sobre Abuso de Álcool e Alcoolismo diz que uma bebida convencional – algo como uma cerveja ou um vinho normal – tem em média 14 gramas de álcool. O que significa que para chegar a esse nível de risco, uma pessoa teria que beber quatro latinhas por dia, no caso da cerveja. Já na opinião da pesquisadora, níveis menores de bebida já podem aumentar as chances de desenvolver a doença.
Outros pesquisadores se opõem à ideia de Connor, como, por exemplo, Susannah Brown, o gerente de programa de Ciência para o Fundo Mundial de Câncer, que relatou àNew Scientist: “Nós vemos um risco maior à medida que a quantidade de álcool consumido aumenta, e nós concordamos que não há evidência sólida para concluir que o consumo de álcool provoca diretamente o câncer.”
Apesar das variadas conclusões sobre o estudo, ninguém confirmou haver uma ligação categórica entre o câncer e o álcool. Uma das hipóteses mais populares é que o álcool pode danificar o DNA, levando a mutações que possibilitam a formação de células cancerosas.
Enquanto essas novas descobertas não se concretizam, não é possível determinar quais as recomendações adequadas à saúde. [ Science Alert ] [ Foto: Reprodução / Flickr ]
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