O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF) terá que prestar sérias explicações à sociedade. Além da reprimenda que recebeu de seu colega de toga Gilmar Mendes sobre o fatiamento da votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, está circulando na mídia a satisfação dos advogados defensores de implicados na Operação Lava-Jato com a ida dele para a Segunda Turma do STF, que analisa recursos sobre as investigações, em substituição da nova presidente da Corte Carmem Lúcia. Os advogados afirmam que com Lewandowski há mais chances de absolvição ou de concessão de habeas corpus aos seus clientes. Não tem cabimento a defesa dos réus comemorar esse fato, ou seja, um ministro do Supremo ser de tal modo previsível e ter seu voto previamente computado por uma das partes do processo, sendo motivo de comemoração pública;
Qual seria o motivo de o ministro Lewandowisk não vir a público de imediato e contestar essas manifestações? Desde o julgamento do "Mensalão do PT" ele ficou taxado como sendo um ministro "petista" ao sempre contestar, como revisor do processo, as sentenças do então ministro Joaquim Barbosa. Dizia-se na época que seu posicionamento era como um agradecimento a Lula pela sua indicação e nomeação para o STF a pedido de sua mulher Marisa Letícia, amiga da mãe do ministro. Também na definição das condenações, Lewandowski sempre jogou para baixo o tempo em que os petistas ficariam atrás das grades. As recentes decisões dele em solicitações e recursos de petistas ou seus aliados continuam levantando suspeitas. Parece ter razão o ministro Gilmar Mendes quando diz que cada um que cuide de sua biografia. Vamos esperar que tudo seja contestado pelo ministro. A Justiça não pode ser tão desmoralizada assim. por Airton Leitão
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