Leandro Prazeres*Do UOL, em Brasília**Ricardo Botelho/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo
O relator do recurso movido pela defesa do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), junto à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa, Ronaldo Fonseca (Pros-DF), citou uma "traição" a Cunha para pedir a anulação da votação do parecer no Conselho de Ética da Câmara. O relatório pedia a cassação de Cunha. Segundo Fonseca, a chamada nominal feita pelo presidente do conselho, José Carlos Araújo (PR-BA), foi "ilegal".
A "traição" do deputado Wladimir Costa (SD-PA) a Cunha foi um dos momentos mais inusitados da votação do parecer do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) no Conselho de Ética. Apesar de ter dado reiteradas declarações favoráveis a Eduardo Cunha ao longo de quase todas as sessões do Conselho das quais ele participou, Costa votou contra Cunha após a deputada Tia Eron (PRB-BA), tida como única dúvida naquela votação, se manifestar pela cassação.
Para o relator do recurso de Cunha na CCJ, a decisão do presidente do conselho foi responsável pelo chamado "efeito manada", que, segundo o deputado, teria sido o responsável pela mudança de posicionamento de Wladimir Costa. "Percebe-se que o nobre deputado externou, de forma clara, o seu posicionamento acerca do caso. Momentos mais tarde, porém, ao ser chamado a proferir seu voto, logo após o voto favorável da nobre deputada Tia Eron, manifestou-se a favor do parecer, em total contradição com o que havia assentado", diz um trecho do relatório. Leia mais em: http://zip.net/bwtntJ
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