Lázaro Ramos é um dos ativistas que apoiam o grupo | Foto: Facebook
Diversos artistas e produtores culturais lançaram na última quinta-feira (28) o Frente Favela Brasil, que pode se tornar o 36º partido político brasileiro. De acordo com um dos fundadores da frente, Celso Athayde, fundador da ONG Central Única das Favelas (Cufa), “os negros nunca tiveram espaço nos outros partidos fora de uma caixinha”. O movimento conta com apoio de artistas MVBill e Lázaro Ramos. O lançamento do movimento ocorreu no Morro da Providência, Rio de Janeiro tem como público alvo "os negros e os moradores de favela". "Nem a esquerda, nem a direita conseguiu pensar no negro", afirma Athayde, que foi criado na favela do Sapo, na zona oeste da capital carioca. O partido tem uma linha mais esquerdista, como PSol, que apoia a criação de cota para negros em universidades e concursos públicos. A legenda vai defender projetos como cotas, fim da violência policial e justiça social. A Frente também é crítica ao governo interino de Michel Temer (PMDB). "Não tenho uma opinião sobre a gestão [Temer] porque não considero um governo legítimo", afirma MVBill. Para o partido ser regulamentado são necessários 101 fundadores em pelo menos nove estados brasileiros para elaborar o estatuto partidário e publicá-lo no Diário Oficial. Posteriormente, o partido precisa ser registrado como pessoa jurídica e notificar a Justiça Eleitoral, depois disso, é coletar assinaturas. Atualmente, são necessárias 500 mil assinaturas de pessoas que não podem ser filiadas a nenhum partido para que a Frente Favela Brasil seja oficializada. Athayde espera conseguir 6 milhões de nomes. As assinaturas devem ser coletadas em shows de MVBill, por exemplo, e nos diretórios municipais e estaduais, que devem ser montados nas favelas. BN
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