Gonzalo Sánchez/Reprodução/thestar
Roma, 2 jul (EFE).- A Itália está avaliando um projeto de lei para legalizar a posse e o consumo de maconha, uma proposta que também avalia as "imponentes dimensões sociais e econômicas" de um negócio que gera atualmente bilhões de euros para a máfia.
No próximo dia 25, a Câmara dos Deputados começará a debater o projeto, que tem o apoio da maior parte dos partidos políticos do país, tanto de direita como de esquerda.
O objetivo é modificar a legislação atual para legalizar o consumo e a posse de maconha, para garantir a qualidade desse tipo de produto e desmantelar toda um negócio paralelo controlado especialmente pelo crime organizado no país.
Os parlamentares que apoiam o projeto afirmam que, com base na experiência das últimas décadas, a "atividade de repressão" não contribuiu para melhorar a situação nem nos países produtores das drogas, nem nos consumidores.
"Primeiro, não se conteve a influência econômica e política das organizações criminosas que controlam a produção. Depois, não se freou a difusão das drogas proibidas", diz o texto.
A Direção Nacional Antimáfia (DNA), em seu relatório anual de 2014, afirmava "o fracasso total da ação repressiva" na difusão das substâncias brandas em um país no qual 63,4% dos jovens consomem álcool, cigarros ou maconha, segundo a ONG "Save the Children".
De acordo com uma pesquisa da Agência Ipsos, 83% dos italianos consideram que as leis contra as drogas leves são pouco ou nada eficazes. Além disso, 73% defendem a legalização da maconha.
Diante desse cenário, o projeto prevê a liberação do cultivo, da posse e do consumo da substância de um modo similar ao tabaco. MAIS AQUI
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