Agosto de 2013: era noite de domingo quando um médico cubano, que preferiu não ser identificado. pisou pela primeira vez em terras soteropolitanas. Ansioso, ele contava as horas para iniciar suas atividades no programa Mais Médicos, do governo federal.
Julho de 2016: após três anos de atuação em uma unidade de saúde da periferia da capital baiana, ele agora se prepara para retornar a Havana, sua cidade natal. A volta não estava nos planos do médico, que pretendia prorrogar seu contrato por mais três anos.
O profissional é apenas um dos médicos cubanos que serão obrigados a cumprir a decisão do governo de exigir o retorno dos profissionais que estão no Brasil desde o início do programa. Ele e cerca de 20% de um total de 11.429 de médicos dessa nacionalidade deverão regressar após a realização dos Jogos Olímpicos e das eleições municipais.
Na Bahia há, atualmente, 1.064 médicos cubanos, o que corresponde a 9,3% do total de cubanos que atuam no Brasil. No estado, eles estão distribuídos em 368 municípios e nove polos do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI).
Salvador abriga, hoje, 28 médicos da cooperação com Cuba, 24 deles ingressaram no programa federal em 2013 e, possivelmente, terão que deixar o país até o final de 2016.
Na opinião do representante da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) no Programa Mais Médicos, Ângelo Castro Lima, embora os cubanos sejam maioria no estado, a decisão do governo de Cuba não altera o andamento do programa federal na Bahia.
"Tudo vai continuar como está. O Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde já aprovaram a substituição dos médicos, então a população não vai ficar sem assistência. Vamos trabalhar dentro da normalidade", afirmou. Leia mais AQUI.
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