Os cigarros eletrônicos, que passaram a ser oferecidos como uma alternativa mais "saudável" e uma "porta de saída" para quem quer deixar o vício, estão causando polêmica. Esses dispositivos estão explodindo nos Estados Unidos – no sentido literal. De acordo com uma reportagem publicada neste domingo pelo Wall Street Journal, cada vez mais usuários de cigarros eletrônicos estão relatando esse tipo de problema, causado por conta de baterias baratas usadas em alguns produtos. Os fabricantes, no entanto, dizem que é mínima a quantidade de acidentes e que eles ocorrem devido aos erros dos próprios usuários. O cigarro eletrônico usa a bateria de íon de lítio para esquentar a nicotina líquida e outras substâncias, formando um vapor que é aspirado pelo usuário. Muitas dessas baterias que explodem são fabricadas por empresas chinesas, segundo o Wall Street Journal, o que dificulta os processos judiciais nos Estados Unidos. Recentemente, o governo americano proibiu que os cigarros eletrônicos sejam levados juntos com a bagagem de mão nos aeroportos, afirmando que o dispositivo já causou vários incêndios. Agora a Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador dos Estados Unidos, já analisa regras para que esse tipo de produto possa garantir um mínimo de segurança. No Brasil, a venda de cigarro eletrônico é proibida pela Anvisa, que alega que, além de nicotina, o dispositivo possui outras substâncias que poderiam ser nocivas à saúde. A OMS (Organização Mundial da Saúde), inclusive, já igualou o cigarro eletrônico ao comum, pelo menos no que se refere à proibição do fumo em locais fechados, limites à publicidade e à venda para menores.
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