A Petrobras ganhou fôlego para ultrapassar a crise financeira com a queda do dólar frente ao real nos últimos dias. Pelas contas da consultoria Economática, a dívida da estatal fechou o segundo trimestre R$ 31,9 bilhões menor que a de março. Como a maior parte do financiamento é paga em dólar, toda vez que a moeda cai, a petroleira é favorecida.
"A Petrobras não vai mais precisar vender os seus ativos de forma açodada", afirmou o diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), Adriano Pires. O período de alívio, no entanto, é incerto. "Enquanto o dólar permanecer cotado próximo a R$ 3,20, a Petrobras ganha fôlego."
Na média do segundo trimestre deste ano, encerrado ontem, o dólar foi negociado a R$ 3,20, quase 10% mais baixo do que o valor adotado como referência pela estatal no primeiro trimestre, R$ 3,55. Com a retração, o resultado financeiro da petroleira melhorou. Além de pesar sobre o endividamento, o dólar tem efeito sobre as despesas e a petroleira ainda ganha na importação de petróleo e de combustíveis.
No período de janeiro a março, a dívida da Petrobras somava R$ 450 bilhões, 72% dela em moeda americana. Na época, o dólar estava em alta em relação ao real, o que ajudou a derrubar o resultado financeiro da empresa. No trimestre, a empresa fechou com prejuízo de R$ 1,2 bilhão. Ao divulgar as demonstrações contábeis, argumentou que o resultado negativo foi provocado, principalmente, pelo crescimento "das despesas de juros e variações monetárias e cambiais negativas, que atingiram R$ 9,58 bilhões". Leia AQUI
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