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segunda-feira, 16 de maio de 2016

Investidores estrangeiros apostam na recuperação do Brasil

Geert Aalbers, diretor sênior e chefe da Control Risks no Brasil, parece estar no lugar certo, na hora certa. A consultoria global de risco, que opera no país há cerca de 20 anos, registra crescimento substancial desde o ano passado. Sem antecipar os números, Aalbers diz que 2016 será o melhor ano da companhia no Brasil. De acordo com a Agência Brasil, com a crise política e o escândalo da Petrobras, a demanda por análises de integridade e risco político, investigações e diligência prévia para fusões e aquisições aumentou de forma significativa. “Estamos vendo um grande interesse de investidores internacionais, fundos de private equity, fundos de pensão, grandes conglomerados, todos tentando compreender o cenário e buscando boas oportunidades para colocar os pés na América Latina”, diz. Os ativos brasileiros se tornaram tão baratos que alguns analistas chegaram a qualificar o Brasil, junto com outros mercados emergentes, como o negócio desta década. A moeda brasileira se desvalorizou de forma significativa em relação ao dólar em 2015 e apesar da recuperação vista nos primeiros meses deste ano ainda está no menor valor desde 2003. Com a recessão e a desvalorização do real, as companhias brasileiras nunca estiveram tão baratas. Muitas delas, afetadas pela crise e pelo escândalo de corrupção na Petrobras, estão vendendo boa parte de seus ativos. É o caso do BTG Pactual, maior banco de investimento independente da América Latina. Desde que o fundador e CEO do banco, André Esteves, foi preso sob a acusação de tentar atrapalhar as investigações do esquema de corrupção, o BTG se desfez de ativos importantes, como o controle do banco suíço BSI e ações na Rede D'Or São Luiz, a maior rede de hospitais privados do país. De acordo com relatório da área de inteligência da Thomson Reuters, o banco atuou em dez negociações apenas no primeiro trimestre deste ano, totalizando US$ 2,779 bilhões. A Petrobras, com uma dívida que supera os US$ 130 bilhões, também planeja vender US$ 15 bilhões em ativos até o fim do ano. Robert Abad, fundador da consultoria em mercados emergentes EM+BRACE, baseada na Califórnia, diz que o Brasil ainda é uma das nações mais promissoras da América Latina. “Há uma filosofia que todo investidor em mercados emergentes precisa ter. Se o país tem uma boa base, se houve progresso ao longo dos anos, então quando uma crise dessas acontece é o momento certo para investir”, diz. bn

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