por Samuel Celestino*Foto: Ag. Haack/ Bahia Notícias
A situação financeira do governo baiano é, praticamente, de colapso, como, ademais, ocorre na maioria, quase absoluta, dos estados federativos. Os sinais já estavam claros. O governador Rui Costa não os escondia, mas talvez tenha demorado em se reunir com os presidentes dos dois outros poderes, o Legislativo e o Judiciário, e mais o TCE, o TCM e a Defensoria Pública, para informá-los sobre a situação, que poderá se acentuar lá para o final do ano. Na verdade esta é a realidade do país por inteiro que, se não está na bancarrota, está próximo a ela. A não ser que a mudança na economia seja rápida, o que dificilmente acontecerá. É exatamente o que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tenta passar para a população de maneira geral, como uma espécie de aviso aos navegantes. No final do governo Dilma, a informação era de que o rombo nas finanças do país estava em torno de R$ 96 bilhões. O presidente interino, Michel Temer, anunciou que irá fazer um pronunciamento à nação, o que não vai demorar, para apresentar a realidade das contas. Presume-se que estejam em torno de R$ 160 bilhões, talvez um pouco mais. Aliás, o ministro Geddel Vieira Lima, da Secretaria de Governo, revelou ao jornalista Josias de Souza (está no seu blog de hoje, dia 19) que o rombo deixado pelo governo Rousseff foi de, nada menos, 200 bilhões de reais. Pode-se entender, por aí, o que Rui Costa tenha relatado na reunião que fizera. A Bahia, portanto, está dentro do colapso que poderá se acentuar - espera-se que não - mais adiante. A grande questão é o tempo. Quem pagará o preço do desastre deixado pelo governo Dilma será a população do país como um todo, a partir de projetos de tributos, que não demora, chegarão à Câmara dos Deputados. É o que o ministro Henrique Meirelles está a dizer, como única alternativa para melhorar o quadro econômico. BN
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