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domingo, 24 de janeiro de 2016

Sol pode produzir erupções 1.000 vezes mais poderosas com terríveis consequências para a Terra

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Bruno Rizzato  - Nova pesquisa, publicada na revista Astrophysical Journal Letters, sugere que o nosso Sol poderá liberar gigantescas erupções solares, 1.000 vezes mais poderosas do que qualquer uma registrada.

Estima-se que, caso alguma seja direcionada à Terra, poderia causar consequências desastrosas. Porém, os cientistas também descobriram que, embora o Sol tenha o potencial para produzir algo com tamanha intensidade, o padrão de sua atividade faz com que isso seja muito pouco provável de acontecer.

“Se o Sol produzisse uma superchama seria desastroso para a vida na Terra. Os nossos sistemas de comunicação de GPS e rádio poderiam ser fortemente prejudicados, podendo haver apagões em grandes escala e potência, como resultado de fortes correntes elétricas induzidas em redes de energia”, disse o pesquisador-chefe, Chloë Purgh, da Universidade de Warwick, no Reino Unido.“Felizmente, as condições necessárias para isso são extremamente improváveis de ocorrer no Sol, com base nas observações anteriores de atividade Solar”, acrescentou.

As labaredas Solares ocorrem quando um acúmulo de energia magnética é libertado bruscamente, fazendo com que as erupções interfiram nos aparelhos de comunicação em órbita. Porém, embora nenhum evento como este tenha ocorrido no Sistema Solar, os pesquisadores observaram-no em outras partes da galáxia, e as superchamas eram milhares de vezes mais poderosas do que as do nosso astro.

Para colocar isso em perspectiva, erupções solares normais do Sol podem liberar energia equivalente a bombas de 100 milhões de megatons. Porém, supererupções poderiam liberar energia equivalente a bombas de 1 bilhão megatons.

Para tentar descobrir o que faz com que estes eventos aconteçam – e se nós podemos estar em risco – os pesquisadores observaram uma estrela binária na Via Láctea chamada KIC9655129.

Usando dados do telescópio espacial Kepler, da NASA, eles foram capazes de detectar, na estrela, padrões de onda que viraram chamas. Eles descobriram que os processos que causam erupções solares no Sol são os mesmos que produzem supererupções gigantes em KIC9655129. “As labaredas solares observadas consistem em uma série de pulsos que ocorrem regularmente. Muitas vezes, essas pulsações assemelham-se a ondas, com um comprimento que se relaciona com várias propriedades da região do Sol que está produzindo o alargamento”, disse Purgh.

“Ocasionalmente, as erupções Solares contêm várias ondas sobrepostas em cima da outra, o que pode ser facilmente explicado com a sismologia coronal. Nós encontramos evidências de múltiplas ondas, ou várias periodicidades, em uma supererupção estelar, e as propriedades dessas ondas são consistentes com aquelas que ocorrem nas labaredas Solares. Este resultado é, portanto, uma indicação de que os mesmos processos físicos estão envolvidos em ambas as erupções solares e supererupções estelares, apoiando a hipótese de que o Sol é capaz de produzir um superlabareda potencialmente devastadora”, explicou o pesquisador. Mesmo assim, isso não significa que o acontecimento seja provável, já que a atividade Solar é completamente diferente. [ Science Alert ] [ Foto: Reprodução / NASA ]

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