O UOL ouviu alguns especialistas sobre o uso de textos do Alcorão para justificar a violência dos extremistas muçulmanos e no entendimento deles, trata-se de forma errônea de interpretar o que está escrito no livro sagrado dos islâmicos. O historiador Pedro Lima Vasconcelos, professor de pós-graduação de história da UFAL (Universidade Federal de Alagoas), chega a citar que tanto o Alcorão, quanto a Bíblia e o Torá são suscetíveis a várias interpretações. “Dizer que muçulmanos são radicais e propensos à violência é uma construção ideológica do ocidente”, disse ele. Para o historiador, é preciso tomar cuidado para não condenar todos os muçulmanos pelos atos de uma minoria. Peter Demant, professor de história e relações internacionais da USP (Universidade de São Paulo) também concorda com este posicionamento. “A maioria dos grupos terroristas da atualidade é formada por muçulmanos, mas isso não significa que a maioria dos muçulmanos seja terrorista”, afirma ele que é autor do livro “O Mundo Muçulmano” (Editora Contexto). O especialista garante que é a pequena parcela dos seguidores do Alcorão que utilizam os versículos que incitam a guerra para fazer terrorismo. “Uma pequena parcela da comunidade de 1,5 bilhão de muçulmanos é extremista. Dentro dessa minoria há uma parcela ainda menor de fiéis que usa a religião para justificar atos terroristas”, disse. “A grande questão é que eles acabam dominando as manchetes com suas ações”, acrescenta Demant. Leia mais...
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