Época Negócios - A redução da pobreza na América Latina e no Caribe que aconteceu na última década se deveu, sobretudo, ao superciclo das commodities. Os salários subiram temporariamente, mas não foram criadas melhores oportunidades de emprego, segundo relatório do Banco Mundial, divulgado nesta quarta (03/06). Tanto que, nos países não exportadores de matérias-primas da região os salários aumentaram bem menos ou foram reduzidos.
Durante os anos 2000, a região conseguiu ganhos importantes na luta contra a pobreza. Foi uma década de crescimento sólido, redução na miséria e na desigualdade e crescimento da classe média na região. Porém, desde 2013, esse cenário se estagnou. "Nos últimos anos, a força dos avanços sociais na América Latina e no Caribe se dissipou", disse Louise Cord, diretora para a América Latina e o Caribe das Práticas "Com a desaceleração dos preços das commodities, é essencial duplicar os esforços regionais para promover um crescimento mais inclusivo e reduzir a pobreza. É preciso aliviar as restrições enfrentadas pelos mais pobres na participação no mercado de trabalho e ampliar seu acesso à educação de alta qualidade e a setores de maior produtividade."
O estudo mostra que a pobreza na região, de pessoas que vivem com menos de US$ 4 por dia, caiu de 25,3% da população, em 2012, para 24,3%, em 2013. No Brasil, o percentual que era de 28,6%, em 2008, foi para 20,8% em 2012. No ano seguinte, os pobres representavam 19,8% da população.
Em toda a região, os governos contribuíram para o aumento da renda da mão-de-obra e a melhoria dos resultados do mercado de trabalho, com diferentes programas de inclusão.
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