De Assunção / Jorge Saenz/AP
Garota protesta com faixa que cobre parte do rosto durante manifestação que exigia do governo proteção para evitar abusos infantis em Assunção, no Paraguai, no início de maio
A menina paraguaia de 11 anos que está grávida de sete meses, após ser supostamente estuprada pelo padrasto, está "estável" e levará adiante a gestação, informou nesta terça-feira à Agência Efe o titular da Secretaria Nacional da Infância e Adolescência, Carlos Zárate.
"Esta gravidez pode continuar. Toda gravidez é arriscada, ainda mais a de uma menina, mas, com o acompanhamento que está sendo realizado, acreditamos que vai dar à luz e não terá complicações", disse Zárate durante a apresentação de um relatório sobre a violência infantil, em Assunção.
A menina tinha dez anos, media 1,39 metros e pesava 34 quilos quando o caso veio à tona em abril, já com 21 semanas de gestação. À época, ela foi diagnosticada com anemia e desnutrição.
"Já foi debatida a situação no legal. É preciso entender que a Constituição protege a vida e o código penal só estabelece a possibilidade de aborto caso a mãe corra risco", explicou.
Segundo Zárate, a menina é acompanhada por médicos, psicólogos, assistentes sociais e advogados.
"Ela conta com o acompanhamento dos profissionais que lhe dão tudo o que precisa", acrescentou.
O padrasto foi preso e a menina foi afastada da mãe, que teve a prisão preventiva decretada, acusada de abandono e de ser cúmplice dos abusos sexuais. Posteriormente, um juiz permitiu que ela fosse liberada e que encontrasse a filha, depois que a Promotoria retirou a primeira acusação e manteve apenas a de negligência. Leia mais em: http://zip.net/bfrthN
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