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quinta-feira, 25 de junho de 2015

Comissão dribla bancada da CBF e aprova texto integral da MP do futebol

Daniel Brito*Do UOL, em Brasília*Reprodução/Bom Senso FC
Apoiada pelo governo, medida provisória irá agora ao plenário da Câmara
Em uma sessão relâmpago, a comissão mista da MP do Futebol no Congresso Nacional conseguiu driblar a bancada da CBF em Brasília e aprovou o texto do relator, Otávio Leite (PSDB-RJ). A matéria é favorável ao governo, porque pede mais transparência na administração dos clubes de futebol, federações estaduais e na Confederação Brasileira de Futebol, além de exigir responsabilidade na gestão dos recursos financeiros e contrapartidas para que possa renegociar suas dívidas com a União - que está estimada em R$ 4 bilhões.

O texto de Leite vai ao plenário da Câmara e, em seguida, ao do Senado. Ele precisa passar pelo crivo das duas Casas até 17 de julho, data em que perde a validade.

A sessão estava marcada para as 9h desta quinta-feira, no Senado. Como a sessão de ontem - interrompida por causa de votação no plenário da Câmara - havia sido suspensa, o quórum da quarta-feira foi mantido pela mesa diretora da comissão. O presidente da mesa, senador Sérgio Petecão (PSD-AC) deu um prazo de 15 minutos para que os parlamentares se apresentassem e tivesse início o debate do relatório.

Ultrapassado esse período, ele abriu a sessão e, obedecendo a liturgia do cargo, convocou os deputados Marcelo Aro (PHS-MG), Vicente Cândido (PT-SP) e Jovair Arantes (PTB-GO) a dar início aos debates sobre os destaques apresentados por eles. Destaque, no linguajar do Congresso, é um mecanismo para exclusão de itens no texto do relator. Nenhum dos três estava no plenário. Assim, Petecão declarou aprovado o relatório de Otávio Leite.

Os três deputados são membros atuantes da bancada da CBF. E seus destaques, coincidentemente, pediam a exclusão de itens como a exigência de uma certidão negativa de débito para renegociação das dívidas dos clubes, ampliação do colégio eleitoral das agremiações, federações estaduais e CBF, maior rigor fiscal para diminuição do déficit dos clubes, e a transformação do futebol como patrimônio cultural imaterial do Brasil, o que poderia fazer com que o Ministério Público pudesse fiscalizar clubes, federações e a CBF.

Um minuto depois do fim da sessão, surgiram no plenário 6 da Ala Nilo Coelho do Senado os deputados Aro e Cândido.

Eles ficaram revoltados com a votação relâmpago. "Eu desço do meu gabinete, vocês rejeitam todos os destaques e dão por encerrada a sessão. Em todas as sessões anteriores, a gente esperava 30 minutos para começar a sessão, por que nesta o senhor [Petecão] começou e encerrou em tempo recorde? Há vida depois de amanhã nesta Casa, senador", desafiou Aro. LEIA TUDO AQUI

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